quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Chuva



Adoro chuva
Chuva me inspira
Nas poças d’água
Vejo-me refletida
Toda retorcida

O cheiro do mato
E da terra molhada impregna o ar
Uma sensação de leveza toma conta do meu coração

Agora com a chuva amena e a água quase parada
Vejo-te refletido nas poças
Ainda não reconheço
Esse rosto que me olha
Com ternura e sorriso largo

Só sei com certeza
Que és tu
Meu amor velado
Meu amor sem nome
Sem rosto

E de súbito
Me perco novamente em devaneios
E continuo aqui a tua espera

Carmem de Vasconcellos

06/10/2014