domingo, 31 de janeiro de 2016

Linda Homenagem que a CIA da INFORMAÇÃO me fez!


PARA UMA PESSOA ESPECIAL NOSSA HOMENAGEM .................................... escrito em terça 01 fevereiro 2011 08:19
UMA GRANDE MULHER UM EXEMPLO DE AMIZADE.

Blog de ciadainformacao :CIA DA INFORMAÇÃO, PARA UMA PESSOA ESPECIAL NOSSA HOMENAGEM ....................................

Quem gosta da Cia e Informação levanta os braços!!! \o/\o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/\o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/\o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/\o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ _o_ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/\o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ Viu o tanto de gente que gosta de você ??
Oh...Tem um ali no meio Que nem levantou os braços ! Sabe quem é ? *Euuuuuuuuuuuuuuuu...
Correndo pra te abraçar..... Sabe por que?
Porque não gosto de você, mas sim AMO você , você é demais... Você vivє aqui Óн..no meu ♥ Mande isso pra todas as pessoas que você ama de verdade inclusive eu,se vc me ama...Se você receber pelo menos a metade de volta pode se considerar amado

EU EDUARDO DA CIA DA INFORMAÇÃO
QUERO A RESPOSTA DE TODOS QUE...........
ESTOU ENVIANDO PARA TODOS QUE ESTIVEREM NO BLOG NO DIA DE HOJE
E PARA VOCÊ ADORÁVEL AMIGA ****CARMEM***
PARA QUEM NÃO CONHECE A MINHA GRANDE E QUERIDA AMIGA **CARMEM** AQUI ESTA O ENDEREÇO DO BLOG DELA REPLETO DE QUALIDADE E BONDADE BEM COMO E MEU AMIGO CLICKSORRISO
BLOG DA **CARMEM** ENDEREÇO PARA VOCE SER AMIGO,AMIGA DESSA MARAVILHOSA PESSOA,HUMANA, GENTIL,E, SEMPRE DISPOSTA A AJUDAR .
VOCÊ MINHA E NOSSA GRANDE AMIGA CARMEM
CONTINUE ASSIM PESSOA DE GRANDES QUALIDADES E HUMANITÁRIA.
http://carmemdevas.arteblog.com.
ABRAÇOS DE NOSSA EQUIPE PARA VOCÊ GRANDE AMIGA**CARMEM**
CIA DA INFORMAÇÃO DE JORNALISMO E COMUNICAÇÃO

Eu já agradeci no comentário que fiz no blog, mas estou tão comovida e chorando até agora, mas de felicidade por ver minhas plantinhas do AMOR crescendo e dando frutinhos...Obrigada Eduardo, assim como o Junior você já mora no meu coração por toda eternidade...Mil abraços de luz!
OBRIGADA!
http://ciadainformacao.arteblog.com.br/

Carmem de Vasconcellos

Bons tempos de Blogorama...fica a saudade

Abraços de Luz e Beijos no Coração!


Será que é assim que vocês imaginam meu bijinho no coração???? kkkkkkkkkkk 



         Meus abraços de luz, beijos de luz, abraços no coração ou beijos no coração não são colocados ao léo. Quando mando um é pra valer. No momento em que escrevo um abraço de luz, eu estou imaginando uma luz azul entrando pelo topo da minha cabeça, percorrendo meu corpo e se alojando em meu coração, uma luz rosa entra em seguida e uma dourada. As três se entrelaçam e saem em direção de quem estiver lendo o meu abraço ou beijo. O amigo (a) que estiver lendo vai nesse mesmo momento receber em essa grandiosa chama de luz em seu coração! Essa mistura de 3 cores, 3 chamas é a Chama Trina da Divina Presença. Este é um carinho que mando para todos em tempos difíceis e de escassez de carícias essenciais para a sobrevivência do ser humano.




Então aí vai um abraço de luz em seu coração!



Carmem de Vasconcellos


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A Lenda do Homem Chuva


Begorotire
O Homem Chuva

        Begorotire era um índio feliz. Certo dia porem tendo sido injustiçado na divisão da caça, ficou furioso, decidindo sair à procura de um novo lugar para viver.
        Cortou os cabelos da esposa e da filha, pintando a família com uma tintura preta que havia retirado do jenipapo. Pegou um pedaço de madeira pesada e resistente, fazendo a primeira borduna Kaiapó, com o cabo trançado em preto e a ponta tingida com sangue da caça.
      Chegou, então, ao alto de uma montanha, levando sua arma, e começou a gritar. Seus gritos soaram como trovões. Girou fortemente a borduna no ar e de suas pontas saíram relâmpagos. Em meio ao barulho e às luzes, Begorotire subiu aos céus.
       Os índios, assustados atiraram as suas flechas, mas nada conseguiu impedir que o índio desaparecesse no firmamento. As nuvens assustadas derramaram chuva. Por isso, Begorotire tornou-se o homem chuva.
Tempos depois, levou toda a sua família para o céu, onde nada lhes faltava, e de lá muito fez para ajudar os que tinham ficado na Terra.
Juntou sementes de suas fartas roças, secou-as sobre o jirau, entregando depois a uma filha, para levá-las à Terra. A índia desceu dentro de uma enorme cabaça amarrada a uma longa corda. Tecidas com as próprias ramas do vegetal.
          Um dia, caminhando pela floresta, um jovem encontrou a cabaça, amarrou-a com cipós e pedaços de madeira e, com a ajuda dos amigos levou-a para a aldeia.
           Sua mãe, abrindo a cabaça, encontrou a índia, a filha da chuva, que estava magra e com longos cabelos, por ter permanecido dentro da cabaça por muito tempo.
          A jovem, retirada da cabaça e alimentada, teve seus cabelos aparados. Ao ser indagada, a filha da chuva explicou por que viera, entregando-lhes as sementes enviadas por seu pai e deixando todos muito felizes.
          O jovem que encontrou a cabaça casou-se com a moça, passando esta a morar novamente na Terra. Com o tempo, ela resolveu visitar os pais.
          Pediu ao esposo que vergasse um pé de pindaíba, trazendo a copa até o chão. Sentou-se sobre ela, ao soltarem a árvore, a índia foi lançada ao céu.
          Ao retornar, trouxe consigo toda a família e cestos repletos de bananas e outros frutos silvestres.
          Begorotire ensinou a todos como cultivar as sementes e cuidar das roças, regressando depois ao seu novo lar.
Até hoje, quando as plantas necessitam de água, o homem chuva provoca trovões, fazendo a chuva cair sobre as roças para mantê-las sempre verdes e fartas.
Fonte: Lendas e Mitos dos índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD

Abraços no coração!

Carmem de Vasconcellos


A Lenda do Dono da Terra



Poronominaré
Dono da Terra
(Baré)


O velho pajé Cauará saiu, para pescar, demorando muito a voltar. A filha, preocupada, resolveu perto das águas mansas do rio.
Após muito andar, sentou-se na relva para descansar. Anoitecia, e a Lua surgiu atrás das montanhas, ficando a jovem a contemplá-la.
Subitamente, destacou-se do astro um vulto muito estranho que vinha em sua direção. A índia parecia hipnotizada, sendo AM seguida tomada por profunda sonolência.
Nesse momento, o pajé, que havia retornado à aldeia, preocupou-se com a ausência da filha. Tomou, então, um pote com paricá, pó alucinógeno que, inalado, lhe despertava os poderes de pajé, entrando assim em transe. Muitas sombras desfiaram à sua frente e entre elas surgiu a silhueta de um homem que subia aos céus em direção à Lua. Aos poucos, as outras imagens foram tomando formas humanas com cabeça de pássaros, anunciando ao pajé que sua filha estava numa linda ilha, não muito distante dali. Imediatamente, Cauará dirigiu-se ao local revelado, Encontrando a moça, enfraquecida e faminta. Voltaram à aldeia.
Passados alguns dias, a jovem, recuperada, contou ao pai um sonho impressionante: no alto da montanha ela dava à luz uma criança muito clara, quase transparente. Não havia leite em seus seios, sendo o seu filhinho alimentado por uma revoada de beija flores e borboletas. À sua volta, outros animais que também se encantaram com o bebê, lambiam-no carinhosamente.
Algum tempo depois, a filha de Cauará notou que, embora virgem, esperava uma criança. O pajé, estranhando o fato, entrou novamente em transe. As alucinações lhe mostraram que o pai de seu neto era o homem que ele vira subir aos céus, em direção à Lua.
Numa madrugada em que os animais, as aves e os insetos pareciam agitados e felizes, nasceu, na serra de Jacamim, o neto do pajé, Poronominaré, o dono da terra. Ao ser informado do feliz acontecimento. Cauará seguiu até a montanha para conhecer o herdeiro. Surpreso, encontrou a criança com uma zarabatana nas mãos, indicando a cada animal, o seu lugar na natureza. Ao cair da tarde, quando tudo já estava em pleno silencia, ouviu-se uma cantiga feliz.
Era a mãe do dono da terra, que subia aos céus levada por pássaros e borboletas.
Fonte: Lendas e Mitos dos índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD
Abraços de luz!

Carmem de Vasconcellos


A Lenda do Uiapuru


Uirapuru
O Canto que encanta
(Maués)

Certo jovem, não muito belo, era admirado e desejado por todas as moças de sua tribo por tocar flauta maravilhosamente bem. Deram-lhe, então, o nome de Catuboré, flauta encantada. Entre as moças, a bela Mainá conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a primavera.
Certo dia, já próximo do grande dia, Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou.
Saindo a tribo inteira à sua procura, encontraram-no sem vida à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra venenosa. Sepultaram-no próprio local.
Mainá, desconsolada, passava várias horas a chorar sua grande perda. A alma de Catuboré, sentindo o sofrimento de sua noiva, lamentou-se profundamente pelo seu infortúnio. Não podendo encontrar a paz, pediu ajuda a tupã. E este, então transformou alma do jovem no pássaro irapuru, que, mesmo sem muita beleza, possui um canto maravilhoso, semelhante ao som da flauta, para alegrar a alma de Mainá.
O cantar do irapuru ainda hoje contagia com seu amor os outros pássaros e todos os seres da natureza.

*Corrigi a tempo a grafia do nome Uirapuru. Cometi o mesmo erro do Escritor do livro, escrevendo Irapuru.
Fonte: Lendas e Mitos dos índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD



Abraços de luz!

Carmem de Vasconcellos

A Lenda do Beija Flor






Coacyaba
O primeiro Beija Flor
(Maués)



          Os índios do Amazonas acreditam que as almas dos mortos transformam-se em borboletas. É por esse motivo que elas voam de flor em flor, alimentando-se e fortalecendo-se com o mais puro néctar, para suportarem a longa viagem até o céu.
          Coacyaba, uma bondosa índia ficara viúva muito cedo, passando a viver exclusivamente para fazer feliz sua a filhinha Guanamby. Todos os dias passeava com a menina pelas campinas de flores, entre pássaros e borboletas. Dessa forma pretendia aliviar a falta que o esposo lhe fazia. Mesmo assim, angustiada, acabou por falecer.
          Guanamby ficou só e seu único consolo era visitar o túmulo da mãe, implorando que esta também a levasse para o céu. De tanta tristeza e solidão, a criança foi enfraquecendo cada vez mais e também morreu. Entretanto, sua alma não se tornou borboleta, ficando aprisionada dentro de uma flor próxima à sepultura de sua mãe, par assim permanecer ao seu lado.
          Enquanto isso, Coacyaba, em forma de borboleta, voava entre as flores, colhendo néctar. Ao aproximar-se da flor onde estava Guanamby, ouviu um choro triste, que logo reconheceu. Mas, como era frágil borboleta, não teria forças para libertar a filhinha. Pediu, então, ao Deus Tupã que fizesse dela um pássaro veloz e ágil, que pudesse levar a filha para o céu. Tupã atendeu ao seu pedido, transformando-a num beija-flor, podendo, assim, realizar o seu desejo.
          Desde então, quando morre uma criança, órfã de mãe, sua alma permanece guardada dentro de uma flor, esperando que a mãe, em forma de beija-flor, venha buscá-la, para juntas voarem para o céu, onde estarão eternamente.

Fonte: Lendas e Mitos dos índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD



Abraços de luz!

Carmem de Vasconcellos

A Lenda da Sereia do Amazonas


Yara
A rainha das Águas
(Tupi)

            Yara, a jovem Tupi, era a mais formosa mulher das tribos que habitavam ao longo do rio Amazonas. Muito atraente, com longos e negros cabelos, tinha um sorriso meigo e sensual. Mantinha-se, entretanto, indiferente aos admiradores, preferindo sua liberdade. Caminhava pela floresta e pelas areias brancas dos rios, envolvendo-se constantemente em suas águas claras. Por sua doçura, todos os animais e as plantas a amavam.
          Numa tarde de verão, mesmo após o Sol se pôr, Yara permanecia no banho, quando foi surpreendida por um grupo de homens estranhos. Tinham longas barbas, usavam roupas pesadas, botas e chapéus. Falavam uma língua desconhecida e pareciam muito agressivos. Sem condições de fugir, a jovem foi agarrada e amordaçada, não podendo se livrar daquelas mãos rudes, que tocam todo o seu corpo. Acabou por desmaiar, sendo, mesmo assim, violentada e atirada ao rio.
          O espírito das águas, com pena da jovem, transformou o corpo de Yara num ser duplo. Continuaria humana da cintura para cima, tornando-se peixe no restante. Assim, permaneceria bela, e poderia ao mesmo tempo viver no rio eternamente, como uma sereia de água doce.
          Yara passou a entender os pássaros e a conversar com os peixes, e como as sereis, com seu canto e beleza atraía os homens de maneira irresistível.
          Ao verem a linda criatura, eles se aproximam dela, que os abraça e os arrasta às profundezas, de onde nunca mais voltam.

Fonte: Lendas e Mitos dos índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD

Abraços de luz! 

Carmem de Vasconcellos


A Lenda do Paraíso Terrestre


Mundo Novo
O Paraíso Terrestre
(Kaiapó)

A nação indígena dos Kaiapós habitava uma região onde não havia o Sol e nem a Lua, tampouco rios e florestas, ou mesmo o azul do céu. Lamentavam apenas de alguns animais e de raízes, pois não conheciam peixes, pássaros ou frutas.
Certo dia, estando um índio a perseguir um tatu-canastra, acabou por distanciar-se de sua aldeia. Inacreditavelmente, á medida que o índio se afastava, sua caça crescia cada vez mais.
Já próximo de alcançá-la, o tatu rapidamente cavou a terra, desaparecendo dentro dela. Sendo a cova imensa, i índio decidiu seguir o animal, ficando surpreso ao perceber que, ao final da escuridão, brilhava uma faixa de luz. Chegando até ela, maravilhado, viu que lá existia outro mundo, com um céu muito azul e o sol a iluminar e a aquecer as criaturas; na água, muitos peixes coloridos e tartarugas. Nos lindos campos floridos, destacavam-se as frágeis borboletas; florestas exuberantes abrigavam belíssimos animais e insetos exóticos, contendo ainda diversas árvores carregadas de frutos. Os pássaros embelezavam o espaço com suas lindas plumagens.
Deslumbrado, o índio ficou a admirar aquele paraíso, até o cair da noite. Entristecido ao acompanhar o pôr do sol, pensou em retornar, mas já estava escuro... Normalmente surge à sua frente outro cenário maravilhoso: uma enorme Lua nasce detrás das montanhas, clareando com sua luz de prata toda a natureza. Acima dela, multidões de estrelas faziam o céu brilhar. Quanta beleza! E assim permaneceu, até que a Lua se foi, surgindo novamente o Sol.
Muito emocionado, o índio voltou à tribo, e relatou as maravilhas que viera a conhecer. O grande pajé Kaiapó, diante do entusiasmo de seu povo, consentiu que todos seguissem outro tatu, descendo, um a um pela sua cova através de uma imensa corda, até o paraíso terrestre. Lá seria o magnífico mundo Novo, onde todos viveriam felizes.

Fonte: Lendas e Mitos dos índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD


Abraços no coração!

Carmem de Vasconcellos


A Lenda das Cataratas do Iguaçu




Iguaçu
As Cataratas que Surgiram do Amor
(Kaiangang)

          Distribuída em várias aldeias, às margens do sereno rio Iguaçu, a tribo dos Kaiangangs formava uma poderosa nação indígena. Tinham como deuses Tupã, o Deus do Bem, e M'BOY, seu filho rebelde, o Deus do Mal. Era este o causador das doenças, das tempestades, das pragas nas plantações, além dos ataques de animais ferozes e das tribos inimigas.
          A fim de se protegerem do Deus do Mal, em todas as primaveras, os Kaiangangs a ele ofereciam uma bela jovem como esposa, que ficava impedida para sempre de amar alguém. Apesar do sacrifício, esta escolha era para ela um privilégio, motivo de honra e orgulho.
          Naípe, filha de um grande cacique, conhecida em todos os cantos por sua beleza, foi desta vez a eleita. Feliz, aguardava com ansiedade o dia de tornar-se esposa do temido Deus. Iniciaram-se assim os preparativos da grande festa. Convidados chegavam de todas as aldeias para conhecê-la. Entre eles estava Tarobá valente guerreiro, famoso e respeitado por suas vitórias.
          Ocorreu que, talvez por vontade do bom Deus Tupã, Tarobá e Naípi vieram a se apaixonar, passando a manter encontros secretos às margens do rio. Sem ser notado, M'Boy acompanhava os acontecimentos, aumentando a sua fúria a cada dia.
          Na véspera da consagração, os jovens encontraram-se novamente às margens do rio. Tarobá preparou uma canoa para fugirem no dia seguinte, enquanto todos adormeciam fatigados com as danças e festejos, sob o efeito das bebidas fermentadas.
          Iniciaram a fuga e, já a uma boa distância do local, M'Boy concretizou sua vingança. Lançou seu poderoso corpo no espaço, em forma de uma enorme serpente, mergulhando violentamente nas tranquilas águas, abrindo uma cratera no fundo do rio Iguaçu. Formaram assim as cataratas, que tragaram a frágil canoa. Tarobá foi transformado em uma palmeira no alto das quedas e Naípi em uma pedra nas profundezas de suas águas.
          Do alto, o jovem apaixonado contempla sua amada, sem poder de tocá-la. |Resta-lhe apenas murmurar seu amor quando a brisa lhe sacode a fronde. Em todas as primaveras lança suas flores para Naípi através das águas, como prova de seu amor. A jovem está sempre banhada por um véu de águas claras e frescas, que lhe amenizam o calor de seus sentimentos.
          Ainda hoje, M'Boy permanece escondido numa gruta escura, vigiando atentamente os jovens apaixonados. Ouve-se dizer que, quando o arco ires une a palmeira à pedra, pode-se vislumbrar uma luz que dá forma aos dois amantes, podendo-se ouvir murmúrios de amor e lamento.

Fonte: Lendas e Mitos dos índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD


Abraços de Luz!

Carmem de Vasconcellos



Mumuru A Estrela dos Lagos (Munduruku)



Mumuru
A Estrela dos Lagos
(Munduruku)

          Maraí, uma jovem e bela índia, amava muito a natureza. Passava seus dias a brincar perto do lago, tornando-se a companheira e melhor amiga dos peixes, das aves, e dos outros animais. À noite, ficava a contemplar a chegada da Lua e das estrelas.
          Nasceu-lhe, então, um forte desejo de tornar-se também uma estrela. Perguntou ao pai como surgiam aqueles pontinhos brilhantes no céu e, com grande alegria, veio, a saber, que Jacy, a Lua, ouvia os desejos das moças e, ao se esconder atrás das montanhas, transformava-as em estrelas.
          A partir desse instante, todas as noites Maraí esperava pela Lua, suplicando que a levasse para o céu bem no alto.
          Muitos dias se passaram sem que a jovem realizasse seu sonho. Resolveu aguardar a chegada da Lua junto aos peixes do lago. Assim que esta apareceu, Maraí encantou-se com sua imagem refletida na água, sendo atraída para dentro do lago, de onde não mais voltou.
          A pedido dos peixes, pássaros e outros animais, Maraí não foi levada para o céu. Jacy transformou-a numa bela planta, ganhando o nome de Mumuru, a vitória- régia. Ela vive nos lagos e rios da Amazônia. Sua flor se abre sempre à meia noite e tem o formato de uma estrela. Assim, a linda jovem tornou-se rainha da noite, a estrela dos lagos, a enfeitar ainda ais a natureza com sua beleza e seu perfume.

Fonte: Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros/Waldemar Andrade e Silva.


Abraço de luz!

 Carmem de Vasconcellos


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Desilusão!



Por que você não me diz
O que queres de mim? 

Por que você invade meus sonhos? 
Por quê? 

Por que me fazes refém do seu desprezo? 

Por que me machuca com sua indiferença? 

Por que me cativaste e em seguida me abandonaste? 

Sei que são respostas que jamais terei...
E só sei que não quero mais te querer...
Você se nega
Não faz por merecer 
Só sei que o cansaço chega 
A tristeza vence
E as lágrimas caem...

Carmem de Vasconcellos

24/01/2016