Begorotire
O Homem Chuva
O Homem Chuva
Begorotire era um índio feliz. Certo dia porem tendo sido injustiçado na divisão da caça, ficou furioso, decidindo sair à procura de um novo lugar para viver.
Cortou os cabelos da esposa e da filha, pintando a família com uma tintura
preta que havia retirado do jenipapo. Pegou um pedaço de madeira pesada e
resistente, fazendo a primeira borduna Kaiapó, com o cabo trançado em preto e a
ponta tingida com sangue da caça.
Chegou, então, ao alto de uma montanha, levando sua arma, e começou a gritar. Seus gritos soaram como trovões. Girou fortemente a borduna no ar e de suas pontas saíram relâmpagos. Em meio ao barulho e às luzes, Begorotire subiu aos céus.
Os índios, assustados atiraram as suas flechas, mas nada conseguiu impedir que o índio desaparecesse no firmamento. As nuvens assustadas derramaram chuva. Por isso, Begorotire tornou-se o homem chuva.
Tempos depois, levou toda a sua família para o céu, onde nada lhes faltava, e de lá muito fez para ajudar os que tinham ficado na Terra.
Juntou sementes de suas fartas roças, secou-as sobre o jirau, entregando depois a uma filha, para levá-las à Terra. A índia desceu dentro de uma enorme cabaça amarrada a uma longa corda. Tecidas com as próprias ramas do vegetal.
Um dia, caminhando pela floresta, um jovem encontrou a cabaça, amarrou-a com cipós e pedaços de madeira e, com a ajuda dos amigos levou-a para a aldeia.
Sua mãe, abrindo a cabaça, encontrou a índia, a filha da chuva, que estava magra e com longos cabelos, por ter permanecido dentro da cabaça por muito tempo.
A jovem, retirada da cabaça e alimentada, teve seus cabelos aparados. Ao ser indagada, a filha da chuva explicou por que viera, entregando-lhes as sementes enviadas por seu pai e deixando todos muito felizes.
O jovem que encontrou a cabaça casou-se com a moça, passando esta a morar novamente na Terra. Com o tempo, ela resolveu visitar os pais.
Pediu ao esposo que vergasse um pé de pindaíba, trazendo a copa até o chão. Sentou-se sobre ela, ao soltarem a árvore, a índia foi lançada ao céu.
Ao retornar, trouxe consigo toda a família e cestos repletos de bananas e outros frutos silvestres.
Begorotire ensinou a todos como cultivar as sementes e cuidar das roças, regressando depois ao seu novo lar.
Até hoje, quando as plantas necessitam de água, o homem chuva provoca trovões, fazendo a chuva cair sobre as roças para mantê-las sempre verdes e fartas.
Chegou, então, ao alto de uma montanha, levando sua arma, e começou a gritar. Seus gritos soaram como trovões. Girou fortemente a borduna no ar e de suas pontas saíram relâmpagos. Em meio ao barulho e às luzes, Begorotire subiu aos céus.
Os índios, assustados atiraram as suas flechas, mas nada conseguiu impedir que o índio desaparecesse no firmamento. As nuvens assustadas derramaram chuva. Por isso, Begorotire tornou-se o homem chuva.
Tempos depois, levou toda a sua família para o céu, onde nada lhes faltava, e de lá muito fez para ajudar os que tinham ficado na Terra.
Juntou sementes de suas fartas roças, secou-as sobre o jirau, entregando depois a uma filha, para levá-las à Terra. A índia desceu dentro de uma enorme cabaça amarrada a uma longa corda. Tecidas com as próprias ramas do vegetal.
Um dia, caminhando pela floresta, um jovem encontrou a cabaça, amarrou-a com cipós e pedaços de madeira e, com a ajuda dos amigos levou-a para a aldeia.
Sua mãe, abrindo a cabaça, encontrou a índia, a filha da chuva, que estava magra e com longos cabelos, por ter permanecido dentro da cabaça por muito tempo.
A jovem, retirada da cabaça e alimentada, teve seus cabelos aparados. Ao ser indagada, a filha da chuva explicou por que viera, entregando-lhes as sementes enviadas por seu pai e deixando todos muito felizes.
O jovem que encontrou a cabaça casou-se com a moça, passando esta a morar novamente na Terra. Com o tempo, ela resolveu visitar os pais.
Pediu ao esposo que vergasse um pé de pindaíba, trazendo a copa até o chão. Sentou-se sobre ela, ao soltarem a árvore, a índia foi lançada ao céu.
Ao retornar, trouxe consigo toda a família e cestos repletos de bananas e outros frutos silvestres.
Begorotire ensinou a todos como cultivar as sementes e cuidar das roças, regressando depois ao seu novo lar.
Até hoje, quando as plantas necessitam de água, o homem chuva provoca trovões, fazendo a chuva cair sobre as roças para mantê-las sempre verdes e fartas.
Fonte: Lendas e Mitos dos
índios Brasileiros/ Waldemar de Andrade e Silva. FTD
Abraços
no coração!
Carmem
de Vasconcellos
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